Smart começa a vender ForTwo elétrico

Fonte: Carsale / Uol

Tá, carro elétrico, ecológico, econômico... mas esse lance das baterias... :scratch:

Eu já dirigi o Volvo C30 elétrico, e o desempenho é algo realmente impressionante. Mas a questão não é nem o lance da vida útil das baterias, e sim as limitações que elas impõem.

O carro elétrico a bateria é a solução para um problema que não existe, ou para o problema errado. Eles são viáveis e acessíveis apenas na Europa e Japão, e servem apenas para trajetos curtos ou como "daily drivers", o tipo de carro que você usa de casa para o trabalho, do trabalho para casa com uma eventual parada na padaria ou supermercado. E aí que está a incoerência deles. Nos países onde eles são ofertados o transporte público coletivo é a melhor opção em termos de tempo e custo.

Na ocasião que dirigi o Volvo C30 e-drive, troquei umas ideias com o instrutor sueco, o Bengt, e ele me falou exatamente isso. Seu carro de família era um Volvo V50 2010, que fica na garagem e é usado apenas para ir às compras com a família ou viagens de férias para novos destinos. Para visitar parentes no país, eles dão preferência aos trens de alta velocidade. Uma viagem para casal e filhos adolescentes custa o equivalente a 225 reais no trem de 180 km/h. São 450 reais de ida e volta para toda a família em um país onde o salário médio por pessoa é 3500-4000 reais (7000-8000 reais o casal). No dia-a-dia, a comutação entre a casa dele e a sua escola de pilotagem é feita de ônibus, que custa pouco e é pontual.

Por que um cara desse teria um carro elétrico a baterias?

Sim, o desempenho dos elétricos é interessante por causa do torque, que nesses motores é absolutamente linear.

A meu ver a maior utilidade desses carros, se é que se pode falar assim, é reduzir a poluição.

Abraço!

O grande problema é a autonomia, além do espaço ocupado pelas baterias que devem ser trocadas após um determinado período.