Mercedes Benz, 125 anos de uma grande historia! (parteII)

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Mensagem por António Júlio Seg 18 Jul 2011 - 20:11



Mesmo com tudo o que foi descrito no outro topico, não podemos esqueçer ainda nas decadas de 60/70 os seguintes modelos: W107, W108/109, W111, W123, W126, G-Classe e até o protótipo nunca fabricado C111. Alguns destes modelos citados entraram ainda nos anos 80, foram anos de gloria para a maioria, modelos esses que ainda hoje muitos aficionados da marca sonham em possuir.

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Para a década de 80 a linha de sedãs de luxo da montadora, os modelos S e E (ainda não se havia criado o conceito de classes na linha MERCEDES-BENZ) foram totalmente remodelados e seguiram majestosos até a década de 90.

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Mas a grande revolução da década foi realmente o chassi W201 com os modelos 190E, 190D, 190E 2.3, 190E 2.6. Esse chassi foi o primeiro a ser destinado aos jovens empresários europeus que ainda não possuíam condições financeiras para adquirir os modelos mais luxuosos, porém não abriam mão de ter um MERCEDES-BENZ.

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A partir de 1994, a MERCEDES-BENZ simplificou o posicionamento dos modelos criando as famosas classes. Classe C (substituindo as 190E), Classe E e Classe S foram criadas, alem de varias derivaçãoes como SLK e CLK. A MERCEDES-BENZ foi a primeira das marcas de luxo a lançar um SUV (sigla em inglês para “veículo utilitário esportivo”) no final da década de 90, inaugurando uma nova geração Off-Road com a Classe M.

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Em 1998 a empresa comprou a tradicional montadora americana Chrysler, formando a gigante DaimlerChrysler. Porém a união provou, no decorrer dos anos, ser extremamente prejudicial à marca MERCEDES-BENZ, que começou a ter grandes prejuízos financeiros em virtude da burocrática e envelhecida montadora americana. A união entre as duas montadoras viria a acabar no dia 14 de maio de 2007 separando assim as duas empresas.

Durante toda sua história a MERCEDES-BENZ sempre teve um papel fundamental no desenvolvimento de tecnologias que visam dar mais segurança aos automóveis. Muitas das visões inovadoras se tornaram realidades de forma pioneira em automóveis da montadora alemã. Dentre essas inovações estão o sistema antibloqueio de freios ABS (1978), o air-bag (1980) e o programa eletrônico da estabilidade conhecido como ESP® (1995). Hoje em dia, o novo sistema de segurança contra acidentes, batizado de Pre-Safe®System, que prepara o carro e seus ocupantes para a colisão agindo por antecipação para tensionar os cintos de segurança, reposicionando os bancos dianteiros (eletricamente ajustáveis) para uma posição mais favorável, além de fechar o teto solar se houver o risco de capotamento; o detector de sonolência; o monitor de veículo em ponto cego; o detector de movimentos bruscos e muitos outros sistemas de auxílio fazem dos automóveis MERCEDES-BENZ os mais seguros no mundo.

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Esse papel de pioneirismo que a montadora alemã vem imprimindo no universo automotivo é refletido com mais de 80 mil pedidos de registro de patentes. A marca da estrela de três pontas, em 125 anos de história, não abandonou os princípios de seus fundadores, demonstrando que mantém viva as afirmações: “O amor pela invenção nunca morre” (Carl Benz) e “O melhor ou nada” (Gottlieb Daimler).

A nomenclatura de suas obras-primas
A nomenclatura, repleta de letras e números, dos automóveis MERCEDES-BENZ é como se fosse o DNA mais pura de cada linha de carro da marca alemã. Essas nomenclaturas seguem fielmente uma ordem e seus significados uma descrição de cada linha ou modelo de automóvel. Nos primórdios a nomenclatura de cada modelo tinha esse significado:
A numeração
Geralmente correspondiam a cilindrada do motor, como por exemplo: 500 = 5.0 ou 420 = 4.2.
As letras
Geralmente vinham depois da numeração e significavam:
C = Cupê
D = Diesel
E = Einspritzung (Injeção de combustível)
L = Lang - Chassi alongado
S = Sonder (Especial)
SL = Sport Leicht (Sport Light) - Esporte leve
T = Touring (Station Wagon) – Perua

Porém, após o ano de 1994 os modelos de automóveis passaram a serem classificados como Classes.
As letras antecedem à numeração:
A = Kompaktklasse – Classe compacta
B = Kompaktvan – Van compacta
C = Kleinste Stufenheck-Limousine – Sedã notchback pequeno
CL = Coupévarianten-Limousine – Cupê derivado da Classe S
CLC = Coupévarianten-Limousine C-Klass - Cupê derivado da Classe C
CLK = Coupévarianten-Limousine Kompakt - Cupê compacto derivado da Classe E sobre a plataforma da Classe C
CLS = Coupé-ähnliche Limousine Seitenfenster - Cupê similar ao sedã de laterais envidraçadas derivado da Classe E
E = Mittelklasse / Executive – Classe intermediária
G = Geländewagen – Todo terreno
GL = Geländewagen Luxus – Todo terreno luxuoso derivado da Classe M
GLK = Geländewagen Luxus Kompakt - Todo terreno luxuoso compacto derivado da Classe C
ML = Mittelgroß Luxus – Tamanho médio luxuoso
R = Raumlimousine – Sedã espaçoso
S = Spitzenmodelle – Modelo Top de linha
SL = Sport Leicht – Esporte Leve
SLK = Sport, Leich,t Kompakt – Esporte leve compacto
SLR = Sport, Leicht, Rennsport – Esporte leve de competição

Designação interna do tipo de carroceria:
A = Cabriolet – Conversível
C = Coupé
CL = Coupé limousine
R = Roadster (conversível para 2 passageiros)
S = Stationswagen - Touring – Perua
V = Verlängerte Limousine – Sedã versão longa
W = Wagen (Limousine) – Sedã (antigamente também utilizado para Cupês, Peruas e Roadster)
X- SUV = Sports Utility Vehicle (Veículo Utilitário Esportivo)

Motores
M = Motor - à gasolina
OM = Öl Motor - à Diesel

Siglas que definem outras variantes na motorização:
CDI = Common rail Direct Injection - Injeção direta de diesel sob alta pressão
Kompressor = Compressor

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AMG, a criação de um mito
Para quem é apaixonado por carros, as três letrinhas presentes na tampa do porta-malas de alguns dos mais caros e exclusivos modelos da MERCEDES-BENZ não passam despercebidas. Por trás delas há mais de 40 anos de história que cunharam um verdadeiro mito. Oficialmente nascida no dia 1 de junho de 1967, a AMG começou a ser criada três anos antes. Em 1964, quando a MERCEDES-BENZ parou de participar oficialmente das provas de grã-turismo com o modelo 300 SE, dois funcionários da fábrica decidiram continuar atuando, por conta própria, na área esportiva. Apostando na popularidade do modelo entre os pilotos e o público, Hans Werner Aufrecht, que trabalhava na área de testes, e o engenheiro Erhard Melcher, começaram a usar suas horas de folga para preparar motores V8 e V12. Um de seus primeiros projetos foi criar um novo comando de válvulas para o motor do SE, que elevou sua potência de 218 cv para 238 cv. O equipamento logo foi levado para as pistas e, em 1965, um 300 SE equipado com ele, pilotado por Manfred Schiek, venceu dez corridas do Campeonato Alemão.

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O sucesso logo levou a um grande número de encomendas e à saída da dupla da empresa. Passando a trabalhar por conta própria, eles uniram suas iniciais A e M, ao G de Grossaspach, local onde haviam obtido sua primeira vitória nas pistas. Indo além da preparação dos motores, a dupla passou a fazer alterações mais profundas em todo o carro e sua primeira criação “assinada” atendia pelo nome de 300 SEL AMG. Sempre usando como base para seus produtos os carros da MERCEDES-BENZ, os dois acumularam uma impressionante série de sucessos tanto nas pistas como no mercado de esportivos para uso nas estradas e ruas. Acabaram, com isso, recebendo o apoio da MERCEDES-BENZ, inicialmente nas competições do campeonato de turismo alemão, DTM, a partir de 1988. A união permitiu também que a AMG pudesse vender seus produtos nas concessionárias da montadora alemã. A partir de 1993, a cooperação tornou-se mais sólida, com o lançamento do C 36 AMG. Com seis cilindros, 3,6 litros e 280 cv, o sedã acelerava até 100 km/h em 6,7 segundos e, para a frustração de muitos, chegava “apenas” a 250 km/h, por ter a velocidade máxima limitada pela fábrica. Finalmente em 1999 as duas empresas se fundem e a AMG passa a ser parte da MERCEDES-BENZ. A abertura do AMG Performance Studio, em 2006, marcou o início de uma nova fase para a MERCEDES-BENZ, que tentava cativar consumidores cada vez mais exigentes oferecendo automóveis praticamente exclusivos.

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Um dos últimos modelos desenvolvido pelo estúdio foi o SLK 55 AMG Black Series, que traz o propulsor 5.5l V8 de 400 cv. Vale lembrar que a MERCEDES-BENZ levou ao Salão de Nova York o CL 65 AMG, modelo comemorativo aos 40 anos da tecnologia AMG. Trata-se de um cupê de alta performance, equipado com motor V12 de 612 cavalos de potência. Outra obra-prima recente é o esportivo CLS 63 AMG equipado com o novo motor AMG 5.5 V8 biturbo, de 557 cavalos de potência máxima, com injeção direta de gasolina por jatos dirigidos, cárter totalmente em alumínio e tecnologia de quatro válvulas com ajuste do eixo de comando, inter-resfriamento ar/água e do gerenciamento do gerador. O CLS 63 AMG é o primeiro automóvel do mundo a oferecer faróis com a tecnologia LEDs de alto desempenho de série (que imitam a luz do dia). Hoje em dia a divisão AMG é mais uma fabricante de motores, além de participar do processo de “envenenamento” dos modelos da MERCEDES-BENZ que carregam a mítica insígnia. São produzidos mais de 100 motores por dia, numa unidade fabril de 40 mil metros quadrados e que emprega cerca de 750 funcionários. Para se ter uma idéia, a filosofia da AMG é “um homem, um motor”. Ou seja, em uma placa de titânio do motor, quem foi responsável por sua montagem deixa o nome gravado. Nada mais exclusivo. Além disso, a tendência esportiva aparece em pequenos detalhes do visual. Não existe um pacote de equipamentos pré-determinado para todos os modelos, mas sim um projeto para cada carro, que pode receber ponteiras cromadas, kit aerodinâmico, ser rebaixado etc. O interior também traz itens exclusivos, como o RACETIMER, que cronometra o tempo de um percurso como se o motorista estivesse em uma corrida, e as borboletas para a troca de marchas, que são em alumínio e ficam no volante, como nos carros de Fórmula 1. O sistema AMG SPEED SHIFT, que equipa todos os automóveis da divisão, dá ao motorista a liberdade de escolher entre a condução modo esportivo ou conforto. A suspensão também se adapta à seleção feita. O nome AMG foi herdado de seus proprietários: Hans Werner Aufrecht (A) e seu sócio Erhard Melcher (M). O "G" vem de GroBaspach, terra-natal de Aufrecht.

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A saga continua, em breve a parte III. Abraços.
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Mensagem por Convidado 11 Seg 18 Jul 2011 - 22:45



Essa Parte II está uma verdadeira aula 'mercedal', muito obrigado AJ!
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